INTRODUÇÃO:
O escore CHA2DS2-VASc é utilizado como preditor de desfecho cardiovascular mesmo na
ausência de
fibrilação atrial (FA). Diversos índices de
onda P e
parâmetros ecocardiográficos associam-se a maior
risco de
desenvolvimento de FA e
tromboembolismo, entretanto, há poucos estudos em
pacientes sem FA.
OBJETIVOS:
Primário - avaliar a
associação entre os índices de
onda P (duração média da
onda P, desvio padrão, variabilidade, P máxima, P mínima, dispersão de
onda P, voltagem de
onda P em DI, índice de Morris, intervalo PR, relação P/PRi e
tempo de ativação da
onda P) e escore CHA2DS2-VASc em
pacientes sem
fibrilação atrial e sem
doença valvar.
Secundário avaliar a
associação entre
parâmetros ecocardiográficos [tamanho de
átrio esquerdo (AE) e ventrículo esquerdo (VE), fração de ejeção do VE (FEVE), massa do VE e massa indexada do VE] e escore CHA2DS2-VASc na mesma
população.
MÉTODOS:
Estudo transversal, descritivo e analítico no qual dados clínicos, eletrocardiográficos e ecocardiográficos de 132
pacientes sem FA e sem
doença valvar foram coletados e analisados. Os eletrocardiogramas foram digitalizados e as
medidas foram realizadas com o programa CardioCalipers®. Para
análise estatística, foram utilizados os testes do Qui-quadrado, "t" de Student, U de Mann-Whitney e Coeficiente de Spearman e o nível de significância de 5% foi adotado para todos os testes.
RESULTADOS:
O intervalo PR associou-se positivamente com escore CHA2DS2-VASc. Diâmetro de AE, massa do VE e massa indexada do VE apresentaram
associação positiva com escore CHA2DS2-VASc, enquanto que FEVE apresentou
associação negativa com o mesmo escore (gráfico e tabela).
CONCLUSÕES:
O estudo da
associação entre índices de
onda P,
parâmetros ecocardiográficos e escore CHA2DS2-VASc pode ser útil na prática clínica para avaliar
pacientes que tendem a ter maior
risco cardiovascular utilizando-se
parâmetros clínicos e
métodos não invasivos. Este
trabalho traz resultados sobre esta relação que carece de informações em
pacientes sem FA.